Um dia talvez eu volto.
E tiro as teias de aranha,
Limpo os cocôs de pombo,
Lavo o xixi dos ratos,
Espano o pó, troco o lençol.
Um dia talvez eu volto.
E molho a roseira,
Dou comida pro gato,
Faço almoço e jantar,
Lavo os pratos, troco a roupa.
Um dia talvez eu volto.
E descruzo meus braços,
Peço abraços. Deito de quatro,
Peço um trato.
Mudo o disco, troco a história.
Um dia talvez eu volto.
E já cansado, apaixonado,
Careca e sem paz,
Um dia talvez eu descubra:
Voltei tarde demais?
domingo, 19 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Ditado apaixonado do coração
Vivem dizendo que nascemos para morrer.
Esquecem de mencionar que é de amor.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Hábito
Tem dias que se eu vou acordar as oito, tenho que dormir as dez. Tem dias que eu não ligo para horários. Cada dia é um dia.
sábado, 7 de agosto de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Céu
Você deveria ler
o que eu escrevo.
Enquanto me
desenhas te imagino
em palavras.
Hora amável, vezes
distante.
Os anéis
de Saturno encantam
mesmo de longe.
o que eu escrevo.
Enquanto me
desenhas te imagino
em palavras.
Hora amável, vezes
distante.
Os anéis
de Saturno encantam
mesmo de longe.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Vida
Presente
Passado
Futuro
Futuro
Passado
Presente
Passado
Futuro
Presente
Futuro
Presente
Passado
Presente
Futuro
Passado
Passado
Presente
Futuro
Tristeza
Tristeza
Tristeza
Passado
Futuro
Futuro
Passado
Presente
Passado
Futuro
Presente
Futuro
Presente
Passado
Presente
Futuro
Passado
Passado
Presente
Futuro
Tristeza
Tristeza
Tristeza
quarta-feira, 7 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Amor
- O que é isso? Perguntou ele apontando para o meu braço empolado.
- Está com alergia a mim? Continuou, sorrindo.
- Abstinência. Respondi.
- Mas você me viu ontem. Retrucou, quase gargalhando.
- Viciei.
- Está com alergia a mim? Continuou, sorrindo.
- Abstinência. Respondi.
- Mas você me viu ontem. Retrucou, quase gargalhando.
- Viciei.
terça-feira, 16 de março de 2010
Encontro
Relógio de pulso é plástico. O amor é flexível e elástico. Relógio de pulso é máquina, é fábrica. O amor é hippie e artesanal. O amor é animal selvagem. Relógio de pulso é animal doméstico. O amor é raíz. Relógio de pulso é parafuso. Relógio de pulso conta as horas. Ai o amor, o amor corre com as horas. O relógio de pulso derrete. O amor me aquece. Relógio de pulso quebra se cair no chão. O amor pode quebrar se não houver perdão. Relógio de pulso é só pulso. O amor é todo coração.
Ei você, não preocupe em se atrasar, garanhão.
O relógio de pulso é mecânico. Mas o meu amor não.
Ei você, não preocupe em se atrasar, garanhão.
O relógio de pulso é mecânico. Mas o meu amor não.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Pagode
Rogério me cumprimentou
no baile. Coração batucou.
Rogério me convidou pra
bailar. Quadril requebrou.
Eu apertei a buchecha do
Rogério. Minha vizinha olhou.
Pensei, coisa de amigos sem pudor.
Meus olhos entregaram tudo:
AMOR
no baile. Coração batucou.
Rogério me convidou pra
bailar. Quadril requebrou.
Eu apertei a buchecha do
Rogério. Minha vizinha olhou.
Pensei, coisa de amigos sem pudor.
Meus olhos entregaram tudo:
AMOR
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Quatro
Outro problema é a realidade.
Ela se torna tão real que acabamos fugindo dela. Precisamos ser enganados. É quando choro aos téus pés que eu mais te amo. A realidade não cabe dentro de nós. Nem o amor. E gozar também significa joga-lo pra fora, expeli-lo - na porra, ou no grito. Minhas lágrimas são como uma metáfora do cão que mija no sofá pra marcar seu território.
Meu amor vira posse.
Ahh, se me bastasse acretidar e acalmar com juras româtincas de amor eterno e mentiras carinhosas. É preciso ouvir o coração disparar toda vez que procuro em ti rastros de outros homens.
Sentimento maior egoísta.
O que nos salva é o sexo. Pelo menos dele eu gosto muito. É quando nós dois alcançamos a liberdade. Eu só te deixo livre na hora da cama. Também tens que gozar o seu amor.
Outra vez igual cachorro.
Ela se torna tão real que acabamos fugindo dela. Precisamos ser enganados. É quando choro aos téus pés que eu mais te amo. A realidade não cabe dentro de nós. Nem o amor. E gozar também significa joga-lo pra fora, expeli-lo - na porra, ou no grito. Minhas lágrimas são como uma metáfora do cão que mija no sofá pra marcar seu território.
Meu amor vira posse.
Ahh, se me bastasse acretidar e acalmar com juras româtincas de amor eterno e mentiras carinhosas. É preciso ouvir o coração disparar toda vez que procuro em ti rastros de outros homens.
Sentimento maior egoísta.
O que nos salva é o sexo. Pelo menos dele eu gosto muito. É quando nós dois alcançamos a liberdade. Eu só te deixo livre na hora da cama. Também tens que gozar o seu amor.
Outra vez igual cachorro.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Jardim
Os piores dias são os que desejo a Morte.
Espontânea, porém. Um sopro.
Chegando, interrompendo o suspiro.
Voar logo para não envelhecer vazio.
É como sair do Labirinto sem encontrar a saída.
Quebrar as paredes. (Destino)
Palavras certas em linhas tortas.
Essas coisas. Métrica, poética. Sem fogo
que saia dos meus próprios fosfóros.
Nem bala com meu dedo no gatilho.
E nem pulos rasos. Pulsos fracos.
Chegar a hora. Ir, rir, partir.
Respirar céu azul. Enlouquecer de amor.
Comer algodão. De que é feito o vento?
Matéria, aérea. Calor do coração.
Ausência de pulsação.
Ritmo para eternidade. Música pra levitar.
Respirar céu azul escuro. Dormir na mão de Deus.
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