quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vinho

Um brinde ao nosso amor
Tin-tin!

Taças estilhaçadas cortam o meu pé 43

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pagode

Rogério me cumprimentou
no baile. Coração batucou.

Rogério me convidou pra
bailar. Quadril requebrou.

Eu apertei a buchecha do
Rogério. Minha vizinha olhou.

Pensei, coisa de amigos sem pudor.
Meus olhos entregaram tudo:

AMOR

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Quatro

Outro problema é a realidade.

Ela se torna tão real que acabamos fugindo dela. Precisamos ser enganados. É quando choro aos téus pés que eu mais te amo. A realidade não cabe dentro de nós. Nem o amor. E gozar também significa joga-lo pra fora, expeli-lo - na porra, ou no grito. Minhas lágrimas são como uma metáfora do cão que mija no sofá pra marcar seu território.

Meu amor vira posse.

Ahh, se me bastasse acretidar e acalmar com juras româtincas de amor eterno e mentiras carinhosas. É preciso ouvir o coração disparar toda vez que procuro em ti rastros de outros homens.

Sentimento maior egoísta.

O que nos salva é o sexo. Pelo menos dele eu gosto muito. É quando nós dois alcançamos a liberdade. Eu só te deixo livre na hora da cama. Também tens que gozar o seu amor.

Outra vez igual cachorro.